“Go Brazil Go”: Spike Lee entrevista Racionais e Criolo para documentário sobre o País

Atualizado em 11/01/2015

Spike Lee não é apenas um ótimo diretor ou apenas o responsável por filmes como “Faça a coisa certa” e “O plano perfeito”; ele é um dos poucos diretores negros (se não for o único) a realmente ser respeitado no mundo todo.

Sua próxima empreitada é bastante conhecida da gente: um documentário destacando a ascensão política e econômica do Brasil na cena internacional. Obviamente que a questão da cor não iria ser deixada de lado.

“Quero olhar o país a partir dessa questão racial, mas o filme não será sobre isso”, disse Lee a Folha de S. Paulo, em 2012. “Fiquei surpreso quando vim ao Brasil pela primeira vez e soube que metade da população era negra e que essa metade era também a mais pobre. Ligava a TV e não via nenhum negro.”

Pra mudar isso, o cineasta montou um time de peso. Além de Lázaro Ramos, o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, ele também entrevistou Criolo e ninguém mais, ninguém menos que o Racionais.

“O grupo falou sobre sua história, sobre o racismo no Brasil e como o Racionais elevou a auto estima do povo negro. Entre várias ideias trocadas, os integrantes também foram questionados sobre influências musicais, o que eles ouvem. 2Pac foi citado como uma das influências mais importantes para o grupo”, escreveu o Portal RAP Nacional sobre a conversa de quase uma hora.

Em seu Instagram, depois de tirar uma foto com o grupo, Spike Lee os descreveu como “o Public Enemy do Brasil”, em referência a um dos primeiros e mais contestadores grupos do RAP estadunidense.

O diretor publicou várias imagens do grafite paulistano, o que sugere que podemos tê-lo no filme também. Fotos com Emicida, DJ Nyack e Rappin Hood também, mas nada foi dito sobre suas participações.

Por outro lado, Dilma Rousseff, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Chico Buarque, Pelé, Neymar, Emanoel Araújo, Benedita da Silva já estão confirmados.

Embora não haja nenhuma oficialização, a ideia é que Spike Lee termine o documentário em tempo de apresentá-lo no Festival de Cannes, em maio. A produção será um ótimo aperitivo para o mundo em tempos de Copa 2014 e Olimpíadas 2016 por aqui.

Vi na Folha de S. Paulo e no Portal RAP Nacional.

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