Mano Brown apresenta disco solo com show romântico no PercPan, em Salvador

Um show solo do Mano Brown em Salvador, na Bahia, terra de sua mãe, com entrada gratuita, já prometia fazer barulho por algumas semanas. Acrescente uma amostra do disco solo do rapper e pronto, a apresentação se tornou um clássico.

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“Boogie Naipe”, como tem sido chamado o CD, não deve mais vir em 2014. Isso porque, nas últimas semanas, o novo trampo do Racionais ganhou força e é a prioridade dos quatro pretos mais perigosos do Brasil.

Entretanto, isso não tem impedido Brown de apresentá-lo em shows solo, nos quais não tem a necessidade de carregar o “estigma” do grupo que ele ajudou a criar, como contou em entrevista recente.

“Vou fazer aqui umas coisas diferentes”, avisou o rapper após a primeira música, de acordo com o Estadão. Ao lado de Lino Krizz e integrantes do Rosana Bronk’s, do DJ e de breakers, ele voltou aos tempos dos bailes black com muito soul, disco e boogie, formando uma apresentação bastante “romântica”.

Com repertório composto por “Mulher elétrica”, “Amor distante”, uma interpretação de “Me deixa em paz” (“Se você não me queria”), de Ayrton Amorim e Monsueto, entre outras, Mano Brown lembraria Sampa Crew, para Leonardo Lichote, d’O Globo.

Mas, Brown é Brown em qualquer lugar, de qualquer maneira. Segundo a mesma matéria, o rapper viria a cutucar os padrões sociais relacionados à vestimenta. “Estar na terra da minha mãe, cantando essas músicas diferentes, com a roupa do chefe… Tenho 44 anos, sou o chefe”, diria ele destacando o terno que vestia e como aquilo representava para muitos tudo que alcançou através dos anos “contrariando as estatísticas”.

“Tenho que me tornar um anarquista […] tem que botar na mão do povo as decisões”, disse Brown na lembrança de Giuliana de Toledo, na Folha, sobre os aleatórios discursos políticos da noite. “Ainda acredito na minha raça… E acredito no que vai ser daqui pra frente”, afirmaria ele, de acordo com Julio Maria, do Estadão.

Pra completar, Mano Brown deu ao público o que eles tanto queriam. Terminou o show com “Eu sou 157” e “Vida Loka (Parte II)”, que levaram os presentes ao delírio e fizeram vários manos e minas invadirem o palco.

Confusão? Intervenção policial? Violência? Que nada. “A casa é de vocês. Não posso fazer nada. Tá tudo certo”, teria dito o rapper, de acordo com a Folha.

O Panorama Percussivo Mundial (PercPan) ainda teria, também gratuitamente, apresentações do DJ Cia e do Marcelo D2.

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