Emicida e Lenine participam da música “Manifesto” do novo CD da Fresno; ouça!

Neste domingo (30), a Fresno lançou seu novo CD, “Eu sou a maré viva”, que conta com a participação do Emicida.

O rapper manda seus versos na faixa 2, intitulada “Manifesto”; a música ainda conta com Lenine, as duas únicas participações do disco.

“O Emicida entendeu perfeitamente a mensagem da música e mandou a rima na lata, engrandecendo a canção e acertando em cheio as almas de todos os presentes – e, em breve, de todos vocês”, escreveu o grupo em sua página oficial no Facebook. “A honra de dividir nossa criação com gente tão relevante, inteligente e iluminada só reforça a certeza de que a música não tem – nem jamais terá – fronteiras”.

Além do título bastante apropriado do som, que tem bastante a ver com a contestação destacada pelo RAP, o CD como um todo foi disponibilizado inteiramente grátis, uma prática adotada pioneiramente pelo Emicida.

Abaixo cê confere a letra da música:

A gente acorda pra vida e não quer sair da cama
A gente abre a ferida na pele de quem nos ama
A gente vive na guerra, a gente luta por paz
A gente pensa que sabe, mas nunca sabe o que faz
A gente nega o que nunca teve forças pra dizer
A gente mostra pro mundo o que se quer esconder
A gente finge que vive até o dia de morrer
E espera a hora da morte pra se arrepender de tudo.

E todas essas pessoas que passaram por mim
Alguns querendo dinheiro, outros querendo o meu fim
Os meus amores de infância e os inimigos mortais
Todas as micaretas, todos os funerais
Todos os ditadores e sub-celebridades
Farsantes reais encobertando verdades
Pra proteger um vazio, um castelo de papel
Sempre esquecendo que o mundo é só um ponto azul no céu*

Quem é que vai ouvir a minha oração?
E quantos vão morrer até o final dessa canção?
E quem vai prosseguir com a minha procissão,
Sem nunca desistir, nem sucumbir a toda essa pressão?

No escuro, a sós com a minha voz… por nós, quem? Quem? Quem?
Antes, durante e após, desatando os nós, hein? Hein? Hein?
Sente no corpo uma prisão, correntes, vendas na visão
Os caras não avisam, balas não alisam, minas e manos brisam
E precisam de mais, mais visão, ter paz
Note que o holofote e o vício nele em si te desfaz
Menos é mais, e o que segue é a lombra 
Onde se vacilar os verme leva até sua sombra
Cada qual com seu caos
O inferno particular
Tempo, individual
E o amor, impopular

Quem é que vai ouvir a minha oração?
E quantos vão morrer até o final dessa canção?
E quem vai prosseguir com a minha procissão,
Sem nunca desistir, nem sucumbir a toda essa pressão?

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