Joe Sujera lança clipe da inédita “Paciência”

Na última segunda-feira (25), Joe Sujera lançou o clipe da música inédita “Paciência”, dirigido pelo Jeferson John.

Numa pegada meio existencial e com algumas citações a doutores, médicos e remédios, o rapper ressalta algumas questões filosóficas e trata bastante da questão eterna sobre a normalidade e loucura humanas.

“Paciência” conta com a produção musical do Pacheco, scractches do DJ Cebola, mixagem do Iuri Stocco e masterização do Rafael Gomes.

Abaixo cê confere a letra da música:

Joelhos não me abandonem ao cansaço respondem 
não estou nem no começo e sei que se escondem mais uns degraus
Ontem mesmo bem mais longe montes de fontes disseram
Que os jovens hoje eram só uns amantes do caos
Espero que sim, espero que sejam, vejam o maço de cartas mocadas na manga
Me orgulho de olhos vermelhos que mostram só sono e cansaço
Um passo, um traço torto, curto jogo de loucuras
Furto um pouco de conforto onde comporto as minhas rasuras
Juras de amor a mim, pura revolta e fim
Vivo de ódio desse mundo de rap e de pinga pura
Médicos céticos fazem filas com pranchetas
Esperando novas letras pra delas criar suas curas
Mas, meu silêncio não curou minhas doenças
E meus gritos muito menos foram fogo no sereno
Numa ciência inexistente calculo fim do meu ar
Paciência, paciente, o mundo gira devagar

Refrão:
E o mundo girou
Me trouxe questões e eu nem sei responder
E o samba acabou
Me traga um veneno sem bula pra ler

Todo dia leva um dia pra passar
Mas que forma tem o tempo? Não tenho tempo de explicar
Se ele é linear se seu sorriso tem final
Se as voltas que eu vou dar na verdade é em espiral
Testar pontos de vista, prezar por egoísmo
Ver que o topo do mundo pode ser beira de abismo
Que diferença eu faço estando aqui?
Quem ouve o choro do palhaço enquanto o mundo todo ri?
Eu vi, jornais falarem sobre o fim do mundo
E aí? Contas pagas nada abala o vagabundo
É a revolta criando gênios, dá o tanque de oxigênio
Vou nadar com tubarões entre cifrões e ideais
Onde sobreviver dá prêmio a muitos carnavais
Aos filhos deste solo a mãe gentil não existe mais
Correr atrás de sonhos, pura crença marginal
Paciência, paciente todo samba tem final

Refrão

Quero mais…ar pros meus pulmões. quero novas tradições
Palavras pras sensações, mais que só três dimensões
Quero aumento do uso de plurais, um ano com mais natais
Pessoas mais humanas um pouco menos normais
hoje? Eu só quero futuro
O escuro quer novos mestres, meu norte quer leste e oeste
Talvez eu seja louco, só mais um louco
Uma vida pra sonhar é muito pouco
Doutor, tão pouco me faz sentido
Não sei se culpo o mundo ou se sou eu quem estou perdido
Doutor, já não espero melhorar
Sozinho eu nasci, sozinho eu vou ficar
Doutor, tão pouco me faz sentido
Não sei se culpo o mundo ou se sou eu quem estou perdido
Doutor, já não espero melhorar
Sozinho eu subi, sozinho vou me jogar

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