Depois de Abdias é a vez de Marighella substituir ditador em nome de colégio

Na última sexta-feira (14), o Diário Oficial do Estado na Bahia trouxe uma importante mudança: o Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici mudara oficialmente seu nome para Colégio Estadual Stiep Carlos Marighella.

Com 406 votos contra 128 do geógrafo Milton Santos, o nome do guerrilheiro baiano foi escolhido já no fim do ano passado, mas só agora oficialmente confirmado.

“Esses dois nomes já haviam sido sugeridos por outros professores, em anos anteriores. A partir daí, fui apresentando aos alunos a história de Milton Santos e Marighella. Durante todo esse processo, também aprendi muito, já que tive que ler muitos livros e ver filmes. Levei tudo isso para eles, que ficaram bem contentes em saber que os dois candidatos eram baianos, negros e tinham vindo de origem humilde. Foi emocionante e gratificante”, contou a professora responsável pela eleição ao G1.

Mais do que um distanciamento do governo ditatorial, uma importante homenagem a quem, por muito tempo, foi visto como um terrorista (por muitos, ainda é).

Leia mais:
– 44 anos depois de sua morte, Marighella recebe homenagem no local que foi assassinado;
– Contando a história de Marighella, Racionais lança clipe “Mil faces de um homem leal”.

No final do ano passado, algo semelhante aconteceu no Rio de Janeiro: o Colégio Estadual Costa e Silva, em Nova Iguaçu (RJ), trocou de nome e passou a se chamar Colégio Estadual Abdias do Nascimento, que não era só militante dos direitos dos negros, mas também poeta, escultor e professor universitário.

Vi no G1.

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